sábado, 24 de março de 2007

Burlando as Leis da Natureza

A natureza é uma caixinha de surpresas. Apesar disso, muitos foram os que já desvendaram os seus segredos e entenderam as suas leis. Einstein certa vez disse: "O Senhor é sutil, mas não é malicioso.". Alguém perguntou o que ele quis dizer com isso, e ele explicou: "A Natureza não esconde seus segredos por malícia, mas sim por causa da própria grandiosidade.". Pessoas que desvendaram algumas das leis da natureza foram, por exemplo, Newton quando descobriu a Gravidade, o próprio Einstein que desvendou a Relatividade e Darwin que compreendeu a Seleção Natural.

Na ciência, não existem certezas absolutas e as teorias científicas são apenas aproximações, mesmo que muito precisas, de como ocorrem os fenômenos naturais. Por exemplo, a Teoria da Gravidade de Newton funciona muito bem para se calcular lançamento de projéteis e a órbita dos planetas. Bastaram as equações de Newton para que o homem conseguisse chegar na Lua. Porém, em se tratando de velocidades próximas da velocidade da luz e em campos gravitacionais muito fortes, existe uma discrepância entre o que as equações de Newton prevêem e o que realmente é observado. Um exemplo famoso é o periélio (ponto que está mais próximo do Sol da órbita de um planeta) de Mercúrio. O planeta Mercúrio é o mais próximo do Sol e está sujeito a um campo gravitacional muito forte, e essa situação está fora do escopo abrangido pela teoria de Newton. Com as equações de Newton, dá uma diferença de 43 segundos de arco por século, ou seja, os cálculos dizem que Mercúrio deveria estar em um local, mas as observações astronômicas mostram que ele está um pedacinho de nada mais pro lado a cada século. A teoria é bem precisa, mas em situações extremas, tem uma margem de erro. E vocês sabem como são os astrônomos, mesmo uma diferença mínima de 43 segundos na órbita de Mercúrio por século, já é motivo pra confusão. Eles perceberam que Mercúrio estava "burlando" a Lei da Gravidade de Newton.

Isso foi corrigido quando Einstein elaborou a Teoria da Relatividade, explicando como era a geometria do universo e dando um novo entendimento à Gravidade. Essa nova teoria complementa a anterior, ou seja, explica tudo que já era explicado pelo teoria de Newton e vai além disso, alcançando situações mais críticas com velocidades próximas da velocidade da luz e com campos gravitacionais até mesmo gigantescos. Calcularam o periélio de Mercúrio com a teoria de Einstein e os cálculos combinaram perfeitamente com as observações. Ainda assim, existem situações que a teoria de Einstein não explica, por exemplo, no momento do Big Bang, onde toda a massa do universo estava comprimida num ponto de tamanho subatômico quase zero e a gravidade era praticamente infinita. A Teoria da Relatividade é uma das mais bem sucedidas teorias científicas, sendo absurdamente precisa e abrangente. Mas quando rebobinamos a fita do tempo ao momento do Big Bang (aproximadamente uns 15 bilhões de anos atrás), as equações de Einstein se despedaçam como um vaso caído no chão, ou seja, começam a aparecer o que os matemáticos chamam de "anomalias" e os resultados das fórmulas ficam malucos. Ok, o Big Bang pode "burlar" a Relatividade, ninguém é perfeito. Bem, vamos esperar pra ver se a Teoria das Cordas resolve esse probleminha, quem sabe.

No caso da Seleção Natural, como isso pode ser burlado? Bem, basicamente, a idéia da Seleção Natural é que os indivíduos que tiverem variações desfavoráveis terão maiores chances de morrer sem deixar descendentes. Burlar isso seria o mesmo que igualar as chances de indivíduos diferentes que, sem ajuda "extra", teriam chances diferenciadas (uns pra mais e outros para menos). Imaginemos duas pessoas, uma com visão perfeita e outra com miopia. Vivendo na selva, a pessoa com visão melhor teria mais chances de sobreviver do que uma míope. Já ouvi falar que é por isso que nas populações indígenas as pessoas tem uma visão bem melhor do que as populações que vivem nas cidades grandes e casos de deficiência visual são raros nesses povos. Isso é uma conseqüência direta de viverem na selva sem ajuda tecnológica. Simplesmente os índios que tiverem problemas de vista terão mais chances de serem picados por uma cobra (ou algo parecido) e morrer, enquanto que um índio com boa visão avistaria o perigo com nitidez e de longe. A Seleção Natural ceifa impiedosamente os índios defeituosos e sobram (com probabilidade mais alta) aqueles com boa visão (e melhorando ao longo das gerações). Algo pode burlar isso: um óculos. Pronto, uma pessoa com genes que causariam miopia, usando um óculos fica em pé de igualdade com uma pessoa com visão perfeita. E se formos falar em cirurgia a laser, melhor ainda.

A Seleção Natural tem sido burlada sistematicamente pela medicina. Pessoas que morreriam de doença do coração recebem um transplante e sobrevivem. Hemofílicos, ou seja, pessoas com problemas de coagulação no sangue (eu, por exemplo), antigamente costumavam morrer jovens, ainda crianças, por cortes ou machucados banais, mas com os tratamentos modernos de hoje em dia, o fator de coagulação é reposto sem problemas e vivem (vivemos) como qualquer um. E tantos outros milhares de tipos de doenças (asma, diabetes, pressão alta, câncer, AIDS) que no passado matavam mais facilmente as pessoas, atualmente podem ser facilmente tratadas e controladas e seus portadores podem levar uma vida como qualquer outro, inclusive vivendo até a idade de maturidade sexual e terem filhos, burlando a Seleção Natural, e passando os seus genes "desfavoráveis" adiante. Se o tratamento existir para tais doenças e for aplicado, pode anular o efeito fatal que poderia vir a acontecer e talvez esses genes nem sejam mais "desfavoráveis", pode ser que sejam agora "irrelevantes". Pessoas podem hoje se dar ao luxo de serem diabéticas, hemofílicas, míopes, hipertensas, sem maiores conseqüências, caso o tratamento seja administrado corretamente. Até pessoas consideradas feias pelos padrões de beleza da sociedade, que consequentemente teriam maior dificuldade para atrair parceiros sexuais, hoje podem fazer todo tipo de tratamento estético, cirurgias plásticas, lipoaspirações, cremes de beleza, massagens, etc., e acabam virando verdadeiros ícones de beleza (vide programas como Extreme Makeover, onde pessoas passam por um tratamento geral de beleza mudando o corpo de forma radical). Quem diria que a Seleção Natural seria tão burlada como nos dias de hoje.

Quando pensei em escrever esse texto, eu queria falar mesmo era da Lei de Murphy e como a mesma pode ser "burlada", mas acabei falando de tantas outras leis. Bem, ainda em tempo, falo sobre isso agora. Edward A. Murphy era um engenheiro aeroespacial da Força Aérea Americana, e ao fazer experimentos com foguetes em 1948, ele acidentalmente descobriu uma lei da natureza, uma lei que explicaria muitos eventos do cotidiano das pessoas, uma lei que levaria seu nome, a Lei de Murphy, às vezes chamada de a Lei da Trapaça. Num projeto que pesquisava sobre a tolerância humana à aceleração, foi feito um experimento onde eram colocados 16 acelerômetros montados em diferentes partes do corpo de uma pessoa. Havia duas formas pelas quais cada sensor podia ser colocado em sua base e apenas uma delas era correta. Acontece que quando colocaram os sensores, viram que tinham colocado todos da forma errada. Num lampejo de pensamento, Murphy declarou: "Se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará.". Dentro de alguns meses a Lei de Murphy espalhou-se por várias culturas e recebeu variações de acordo com a imaginação popular. A forma mais comum de ser citada é a seguinte: "Se alguma coisa pode dar errado, então ela vai dar errado.". Algo como "o pão sempre cai com a manteiga/geléia virada para baixo" seria uma versão mais simples ainda.

Analisando bem a Lei de Murphy, vemos que trata-se praticamente de uma tautologia, ou seja, uma proposição que sempre é verdadeira. Imaginemos uma pessoa fazendo algo, qualquer coisa, então pode dar certo ou dar errado. Se der errado, a Lei de Murphy funcionou, pois previu que daria errado. E se der certo, é porque não tinha chance de dar errado, então a Lei de Murphy também funcionou, pois ela diz que só dá errado se puder dar errado. Se deu certo é porque não tinha como dar errado. Então pronto, de uma forma ou de outra, a Lei de Murphy está garantida, cobrindo as duas pontas. Uma lei definida de forma tão poderosa, será que pode ser "burlada"? Já faz algum tempo que venho prestando atenção nessa lei e verifiquei situações em que eu consigo burla-la, ou seja, algo que daria errado, se usarmos um segredinho que eu descobri, podemos virar a mesa e fazer com que dê "certo". Antes de contar minha descoberta, conto algumas formas de como essa lei já atingiu e continua atingindo a minha vida.

Quando eu era adolescente pratiquei capoeira durante alguns anos. No dia do meu primeiro batizado (evento no qual o capoeirista troca de corda), foi o mesmo dia de um evento que tinha no meu colégio Coopefor, um evento chamado CooperBike. Era um passeio ciclístico partindo do colégio e indo até um clube na praia (BNB Clube, lá na Praia do Futuro, perto do Caça e Pesca). Eu preferi não participar desse CooperBike, pois o batizado seria de tarde e eu não queria correr o risco de chegar atrasado ou talvez me machucar e não poder ir pro batizado. Enfim, o que acontece é que teve um sorteio lá nesse clube, um sorteio de uma bicicleta e adivinhem quem ganhou: eu. Só que eu não estava lá e a bicicleta foi pra outra pessoa. De acordo com a Lei de Murphy, se eu tivesse ido pro passeio do colégio, eu não teria ganhado a bicicleta, mas como eu não fui, claro que eu tinha que ser sorteado, só pra eu ficar com o gostinho da perda da bicicleta. Um outro dia, recentemente aqui no meu trabalho (SERPRO) teve um evento com umas palestras. Daí teve um sorteio de uma camisa num dos dias. Precisamente nesse dia, eu sai mais cedo pra almoçar e perdi o finalzinho da palestra. Claro, ganhei a camisa, mas não estava lá e foi pra outra pessoa. Maldito Murphy. Essa lei aparentemente consegue prever o futuro, então nas duas situações (passeio do colégio e palestra) a Lei de Murphy previu que eu seria o ganhador, logo foi logo elaborando situações para eu não estar lá na hora dos sorteios.

Também tem situações como a seguinte: se você estiver em uma fila, a fila do lado da sua sempre anda mais rápido. E se você mudar de fila, a sua fila atual vai começar a ficar mais devagar e a outra que você estava vai ser mais rápida. Como existem pessoas nas duas filas, a Lei de Murphy atua juntamente com a Teoria da Relatividade e causa o retardo das filas relativamente, dependendo do observador. Quando a gente tá atrasado, sempre os motoristas que estão na nossa frente ficam mais lerdos e todos os sinais conspiram para fechar pouco antes de você chegar neles, para ter que esperar o maior tempo possível. Mais uma vez, a Lei de Murphy atingindo nossa vida cotidiana. Se a sessão do cinema ou teatro for esgotar, provavelmente vai ser assim que você estiver na boca do caixa e ele vai dizer: "Acabou de lotar a sessão!". No caixa de supermercado, se a fita da registradora tiver que ser trocada, o numero de vezes que será trocada na sua vez será maximizado pela Lei de Murphy, e possivelmente num dia em que você estiver bem cansado e com pressa. Se você estiver esperando alguém (um médico ou dentista num consultório, por exemplo) e você tiver um tempo limite de espera para você desistir e ir embora para outro compromisso, a pessoa vai chegar alguns minutos assim que você sair. Tipo, se você estiver disposto a esperar por 10 minutos e depois ir embora, assim que você sair, a pessoa vai chegar. Se você esperar por 30 minutos, pouco mais do que isso será o momento de chegada da pessoa. De forma que, vão te dizer: "Ah, assim que você saiu ele chegou. Se você tivesse esperado mais um pouquinho...". E não interessa se você esperar mais um pouquinho, a Lei de Murphy garante que esse pouquinho vai ser adicionado no atraso da pessoa. Como poderíamos burlar essa lei tão poderosa? Espero responder isso logo mais.

Foi por acidente que eu percebi que a Lei de Murphy é imediatista, ou seja, o que puder dar errado primeiro, vai dar errado primeiro, numa ordem cronológica de eventos. O imediatismo da Lei de Murphy implica que fracassos a curto prazo tem prioridade sobre os fracasso de longo prazo. Explico melhor com exemplos. Eu tenho o costume de ler muito. Sempre ando com um livro pra onde quer que eu for, para que, caso eu fique sem fazer nada ou esperando algo, eu possa ler. Alguns livros que eu li eram tão bons que eu não podia esperar para ler mais um pouquinho. Cheguei ao ponto de ao dirigir meu carro, quando chegasse num sinal que eu sabia que iria demorar muito, eu deixava a página marcada para ler pelo menos um parágrafo. Tem sinais de trânsito que são de três tempos e você tem que esperar dois sinais abrirem para você poder ir. Perfeito para uma leiturinha rápida. Ok, percebi que um padrão acontecia. Sempre que eu chegava nesses sinais e estava querendo muito ler meu livro, o sinal abria num instante e eu não esperava nada. Eu pensava: "Droga, só porque eu queria ler o sinal ficou logo verde.". Mas isso fazia, como um efeito colateral, com que eu chegasse mais rápido ao meu destino, e se eu estivesse com pressa isso era muito bom. Então, o evento de curto prazo era "ler o livro" e o evento de longo prazo era "chegar no destino rápidamente". Percebi isso e comecei a usar a Lei de Murphy ao meu favor. Sempre que eu estava atrasado, pegava um livro e deixava prontinho para ler, daí todos os sinais abriam rapidamente ou então eu experimentava o que os engenheiros de trânsito chamam de "onda verde", com todos os sinais ficando verdes para minha passagem livre. O imediatismo da Lei de Murphy para me desagradar na minha vontade de ler logo, acabava por otimizar minha vontade secundária de chegar logo onde eu queria ir. Se você for uma mulher e quiser se maquiar durante a viagem de carro enquanto os sinais estiverem fechados, caso você tenha levado a maquiagem, podes crer que os sinais não vão deixar você se maquiar e vão abrir rapidinho. Pelo menos você chega mais rápido e pode maquiar-se estacionada no seu destino. Se eu for para um banco sem um livro, a fila vai ser gigantesca e vai demorar muito. Mas se eu levar o livro para ler na fila, talvez nem tenha fila ou então ande bem rápido.

Porém há um detalhe, você não pode fingir. Você tem mesmo que querer ler o livro (ou o que quer que seja) naquele momento para que funcione a otimização do desejo de longo prazo. O que você quiser fazer a curto prazo, você tem que querer mesmo. A Lei de Murphy é bem sensível às suas vontades. Não adianta você fingir que vai embora do médico e ficar escondido atrás de uma porta ou na escadaria do prédio para que o médico chegue logo, ou então dar uma volta no quarteirão para fingir que foi embora sem esperar a pessoa que você esperava. Se você quiser ir embora sem esperar a pessoa, pode ir, mas com vontade mesmo de ir embora. Talvez se você decidir ir embora e se distanciar um pouco com sinceridade no coração, isso vai desencadear a chegada rápida da pessoa que você esperava, sendo assim, se você logo depois mudar de idéia e voltar, vai encontrar a pessoa lá. Assim você burlou a Lei de Murphy. Eu sempre uso livros quando estou atrasado (para trânsito, filas em geral, consultórios médicos, etc.). E se eu chegar num sinal e ele estiver fechado, eu digo logo em voz alta: "Ah, que bom que o sinal está fechado, assim eu poderei ler.". Bingo, o sinal abre na mesma hora.

Um dia desses eu burlei a Lei de Murphy da seguinte forma. Tínhamos que ir com uma amiga num clube de praia (Beach Park – Aqua Park) para ela pegar seu cartão promocional. Eu deixei ela lá e fui estacionar o carro um pouco longe, sai do carro e fui para a entrada do clube e fiquei esperando elas lá. Eu pensei comigo sobre a situação. Bem, ela poderia demorar muito e eu nem sei onde ela estava. E ela disse que demoraria. Se eu ficasse lá parado, ela iria demorar. Não interessa quando tempo eu esperasse, iria demorar um pouco mais do que eu estava disposto a esperar. Mas se eu fosse lá no carro pegasse meu livro (Dom Quixote de la Mancha, que eu estava lendo no momento), voltasse pra entrada e ficasse lendo, ela poderia demorar o tempo que quisesse. O pior é que eu também sabia que, de acordo com a Lei de Murphy, se eu fosse no carro (um pouco longe e debaixo de sol quente) pegasse o livro e voltasse, assim que eu chegasse lá, ela estaria de volta e eu teria ido pegar o livro inutilmente. Mas se eu esperasse 10 minutos para pegar o livro, ela chegaria em pouco mais de 10 minutos. Se eu esperasse 30 minutos, ela demoraria pouco mais de 30 minutos. Então eu fui logo pegar o livro, mesmo sabendo que seria inútil de acordo com a Lei de Murphy, e eu sabia que ela estaria na entrada quando eu voltasse. Pronto, foi exatamente isso que aconteceu. Mas, como eu disse, se eu não tivesse ido, ela teria demorado muito e eu ficaria lá inutilmente de qualquer jeito. Entre esperar muito tempo inutilmente e sem fazer nada ou então ir no carro debaixo de sol quente e suar um pouco, preferi o sacrifício mais rápido. E como a Lei de Murphy é imediatista, eu usei isso a meu favor. Tente você também.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi, Ju. Pela primeira vez aqui no seu blog. Não é possível acessar do trabalho e quando chego em casa mal quero ver computador. Pois bem, comentário. Muito bom esse texto. A melhor arma para burlar a lei de Murphy é o livro. Concordo exatamente com você. Puxando pela memória me lembro que sempre que estava muito interessado em ler um livro a pessoa esperada chegava logo. Texto muito bem escrito e real. Parabéns.
Abração. Ti

segunda-feira, março 26, 2007 11:47:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Valeu, Tiago. Espero que aproveite outros textos anteriores também. Ei, dá próxima vez coloca teu nome, pois tu apareceu como "anônimo". E já tem um "anônimo" que visita meu blog que eu não sei quem é. Dois "anônimos" vai acabar confundindo a minha cabeça.

terça-feira, março 27, 2007 9:08:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

hum... não sei... talvez você não esteja burlando a lei de Murphy. Veja bem... se fosse a lei de Murphy mesmo, não importa se você levou o livro ou não quando sair atrasado de casa. Porque apesar dos sinais estarem todos abertos, seu pneu vai furar no meio do caminho. Ou então quando estiver naquela fila enorme do banco e resolver abrir seu livro, uma velhinha bastante simpática (que por sinal não deveria nem pegar fila) vai pedi-lo emprestado.
Talvez a lei de Murphy seja imburlável e você só seja um pessimista prevenido.
=P

PS: parabéns, os textos estão ficando cada vez melhores
=)

quarta-feira, março 28, 2007 3:07:00 PM  
Blogger Juliano said...

Em falar em velhinhas em fila de banco, um dia desses, eu tava na fila do Itaú e tava bem próximo da fila dos idosos. Daí entrou uma velhinha na fila e foi ser atendida. A atendente do banco disse que ela tinha que digitar a data de nascimento. Daí ela disse que tinha nascido em 1913. É a nova! Fiquei impressionado. Uma mulher de 94 anos pegando fila de banco e toda esperta, sem muleta sem nada. Ela viveu o século 20 quase todo, que fôlego!

quarta-feira, março 28, 2007 3:21:00 PM  

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